Editores da série MOC Antonio C. Buzaid - Fernando C. Maluf - Carlos H. Barrios
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Editor-convidado Caio Max S. Rocha Lima

Durante o congresso anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO 2023), foram apresentados em Sessão Plenária os dados de sobrevida global do estudo ADAURA, que já havia demonstrado benefício em sobrevida livre de doença associado ao uso de osimertinibe em comparação a placebo no tratamento adjuvante do câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) completamente ressecado em estádios IB a IIIA apresentando mutação de sensibilidade do EGFR.

Os resultados apresentados na ASCO deste ano demonstraram que o uso de osimertinibe promoveu benefício clínico e estatisticamente significativo em sobrevida global no tratamento adjuvante de pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPCNP) em estádio inicial (IB-IIIA) com mutação no receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFRm), após resseção completa do tumor.1

A atualização mostrou que 85% dos pacientes com CPNPC EGFRm estádios II-IIIA tratados com osimertinibe estão vivos após 5 anos. Além disso, osimertinibe reduziu em 51% o risco de morte versus placebo. O ganho de sobrevida global com osimertinibe foi mantido na população estádios IB-IIIA, sendo que 88% dos pacientes permanecem vivos após 5 anos, evidenciando um ganho de 10% em comparação ao braço de placebo.

Os resultados suportam os achados anteriores do estudo ADAURA. Em janeiro de 2023, os dados de sobrevida livre de doença publicados no Journal of Clinical Oncology mostravam-se consistentes após mais de 5 anos de acompanhamento com o uso de osimertinibe, demonstrando uma redução de 77% no risco de recorrência de doença com mediana de sobrevida livre de doença de 65,8 meses na população II-IIIA.

O benefício comprovado de sobrevida global no estudo ADAURA reforça a definição de osimertinibe como tratamento padrão na adjuvância para pacientes com CPNPC EGFRm ressecáveis de estádios IB-IIIA, independente do uso prévio de quimioterapia adjuvante. A notícia pode ser considerada um marco no tratamento da doença, uma vez que o tripé diagnóstico precoce, testagem molecular e tratamento direcionado ao alvo pode ser determinante no sucesso do tratamento da doença.

Para falar sobre os resultados apresentados na ASCO, bem como sobre o desenho do estudo, preparamos este vídeo exclusivo, com apresentação do Dr. Marcelo Corassa, oncologista clínico e líder da unidade de oncologia clínica torácica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

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